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Mortal Kombat – Um FATALITY no hype

Mortal Kombat, o original, lá do longínquo 1995 é considerado por muitos a melhor adaptação de um vídeo game para as telonas. O filme tem seu charme e ganha muitos pontos pelo saudosismo mas não temos como negar que o longa de Paul W. S. Anderson tem muitos problemas.

Roteiro fraco, atuações medonhas (destaque para a Sonya Blade interpretada por Bridgette Wilson que ganhou o papel durante as gravações, já que Cameron Diaz, primeira opção para o papel, teria se machucado gravando O Máscara e precisou desistir do papel), DEFEITOS especiais da década de 1990 mas, ganha pontos com os fãs na deliciosa trilha sonora, que tocava até nas festas, e no climão de filme B de artes marciais.

Mas esqueça a sequência de 1997 que deve ser tratada como um monte de lixo tóxico ou cocô de Goro… ok?

Mortal-Kombat-Patch-NerdMortal Kombat – Escolha Seu Destino

Corta pra 2021 e temos um novo Mortal Kombat nas telas e ele chega quase 10 anos depois das primeiras notícias sobre um possível reboot da franquia.

Depois dos ótimos últimos games da frankia (com k mesmo pra seguir no clima) vendendo milhões de cópias mundo afora, os executivos da New Line (divisão da Warner Bros., proprietária da franquia de games) se interessaram em um novo filme, apresentando todo esse universo de quase 30 anos para uma nova geração.

E foi aí que as coisas foram perdendo o rumo…

Round One Fight!!!

Nas ideias originais para o filme estariam incluídos os personagens chave da franquia e favoritos da galera, os ninjas Scorpion/Sub Zero, Sonya Blade, Kano, Liu Kang, Raiden e Johnny Cage. Mas os executivos brilhantes da Warner achavam que toda essa história de torneio de artes marciais era complicada demais.

Acho que ninguém por lá entendeu o complexo O Grande Dragão Branco estrelado por Jean Claude Van Damme lá no finalzinho dos anos 1980 e então decidiram que o longa precisava ter um personagem “novato” nesse mundo, quase um avatar do público que seria apresentado ao universo do Mortal Kombat.

Entra aí Cole Young, personagem criado para o longa e alvo de discussões entre os fãs dos jogos. Eles o odiaram porque ele destoa totalmente desse universo. Pior ainda, para incluírem ele no longa optaram em retirar Johnny Cage, um dos favoritos dos fãs da história.

Receita pra dar merda, e deu.

O novo personagem não é interessante, suas motivações são rasas e o ator é bem fraquinho. Tirando Joe Taslim (Sub Zero) e Hiroyuki Sanada (Scorpion), todo o elenco é abaixo da média. Não que o fraco roteiro exija muito deles mas, mesmo assim, tem cenas que até dão vergonha.

Finish Him!!!

Vamos ao ponto principal, as lutas. Elas são legais? Sim, pode ter certeza. Mesmo com uma edição confusa e com todos os combates amontoados, o kebra pau é bem divertido. E graças a indicação de censura 18 anos nos EUA, o sangue jorra na tela durante os kombates e SIM temos os famosos Fatalities (alguns praticamente idênticos a versão jogo digital).

Friendship

Mortal Kombat tem muitos defeitos, e um deles é usar uma nova versão da clássica música tema, que ficou bem ruim por sinal, mas admito que me diverti assistindo ao filme. Algumas cenas são ótimas, praticamente todas em que o ninja Sub Zero aparece.

Os efeitos especiais estão OK, mesmo se tratando de um filme que custou a bagatela de 80 milhões de dólares, uma pechincha no atual mercado americano.

Os números indicam que, mesmo com boa parte da crítica tendo odiado o filme, ele deve render uma boa grana no mercado On Demand e visualizações no HBO Max.

Uma sequência com mais personagens, mais lutas e um orçamento maior deve ser anunciada em breve. O final do longa deixa um gancho pra essa provável continuação.

Se você for esperando algo mais profundo e rebuscado, esse não é um filme pra você. Mas, se a ideia é se divertir e lembrar das disputas no velho Super Nintendo com os amigos, a diversão é certa.

Por Mauro Roberto Felão Junior

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