The End of the F***ing World – série curtinha

Perfeita para maratonas pandêmicas

Essa é uma série original Netflix, de 2017. A sinopse disponível na plataforma online diz: “Nesta comédia de humor negro, um adolescente psicopata e uma rebelde louca por aventuras caem na estrada em uma malfadada viagem.” Só que The End of the F***ing World é muito mais do que isso.

Não sejam influenciados somente pelo trailer. Ele foca no personagem de James (Alex Lawther), um garoto de 17 anos que DIZ ser psicopata e que calcula metodicamente como irá cometer seu primeiro homicídio. E rapidamente conhecemos Alyssa (Jessica Barden), uma aluna nova na escola que irá colaborar e MUITO para que eles se aventurem pelas estradas.

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James

The end of the f***ing world

Certamente, esta série fala muito mais sobre autoconhecimento, adolescência e responsabilidades do que a gente imagina. A trama traz situações onde a dupla precisa enfrentar o mundo por conta própria, confiar, DESconfiar, tomar decisões e seguir seus sonhos. Portanto, o ponto principal é amadurecer.

A história é bem maluca. Não achei nada previsível. Cada ação dos personagens traz satisfação aos rebeldes de plantão. A trilha sonora então, é super nostálgica. Músicas como “Laughing on the Outside” de Bernadette Carroll ou “The End of the World” da Skeeter Davis, que no fundo no fundo são beeem breguinhas, combinaram demais com a trama! Também podemos ouvir algumas músicas compostas especialmente para a série por Graham Coxon e algumas joias raras como “Superboy & Supergirl” de Tullycraft e “We Might be Dead Tomorrow” da cantora Soko. Aliás, eu já viciei na trilha disponível no Spotify.

É até fácil de se reconhecer nos personagens, mesmo com seus comportamentos estranhos. Muito (ou tudo) do que eles fazem é “tacar um foda-se” nos problemas, coisa que todo mundo tem vontade, né?

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Alyssa

Referências

Notei também algumas conexões com a cultura pop quando lembrei que a personagem Lindsay, de Freaks and Geeks (1999), também veste um jaquetão do pai quase o tempo todo como um sinal de rebeldia adolescente. Ou pensar em toques “Tarantinescos”, como em Assassinos por Natureza (dirigido por Oliver Stone, 1994), onde um jovem casal sai por aí cometendo crimes enlouquecidamente.

A atriz Jessica Barden, nós conferimos em Penny Dreadful e no filme O Lagosta. Já o ator Alex Lawther é conhecido pelo episódio “Shut Up and Dance” de Black Mirror e por interpretar o jovem Alan Turing em O Jogo da Imitação. Entretanto, os dois já não são mais adolescentes. Eles estavam com 25 e 22 anos respectivamente, quando gravaram The End of the F***ing World, mas encaixaram muito bem nos papéis! Ah, e o sotaque deles é muito fofinho.

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Vale comentar também que a série é baseada em um Comic Book homônimo. E este é o primeiro trabalho escrito e ilustrado por Charles Forsman, conhecido como o “Frank Miller canhoto”.

Os episódios tem de 18 a 22 minutos, sendo 8 episódios num total de 164 minutos. Ou seja, um filme de 2 horas e 44 minutos. Tirando os créditos, é quase a mesma duração de The Last Jedi. Ou seja², com certeza você já assistiu filmes mais longos num dia sem reclamar. Bom, teve também a segunda temporada, não tão legal quanto a primeira, então o tempo gasto dobra mas… Tá esperando o que para “maratonar” essa série?

Veri Luna

Formada em Pedagogia e Audiovisual, gosta mesmo é de revisar os textos, assistir bons filmes, brincar com os bichinhos, dançar e fazer umas artes de vez em quando.
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